29.3.08

Momento egocêntrico: Oh Mandy



You got a gnome in the backyard
you put him right on the X mark
you’re eating brains out the back of my head
oh yeah, that's where the money is

Oh Mandy, Oh Mandy
Oh Mandy, Oh Mandy
So Dreamy, Oh Mandy
So Killing, Oh Mandy
Oh Mandy, Oh Mandy

27.3.08

Portishead @ Porto














Cos this life is a farce

I can't breathe through this mask
Like a fool
So breathe on, little sister

breathe on

(ainda a reunir palavras)

24.3.08

Álbum

Hoje eu, as duas mães e os meus avós resolvemos desempoeirar os álbuns antigos e, envoltos no cheiro a naftalina, passamos uma tarde a recortar pedacinhos de vida.

Antes de tudo, carreguem no play. E vejam (:



O meu avô atravessava a nado o Rio Douro.
Adoro o fato de banho.

A minha avó.
Acho que é das mulheres mais bonitas que alguma vez vi.


O meu avô.
Esta foto está incrível.


Mãe, Avó, Tia.
A foto mais retro de sempre.

Mãe <3

11.3.08

Como te chamas, sorriso?

Saio do estágio de cabeça baixa a tentar perceber os meus passos no meio daquele chão molhado. Sorrio para a Candelabro a fechar portas, cruzo-me com o quiosque do Largo de nome-francês, tão abandonado naquele vazio de cidade. Entro na Rua da Picaria e saboreio o cheiro a madeira. É noite cerrada e já nada cheira a promessa.

Demoro-me na montra do Turco. Um dia tenho de vir aqui. Fecho o guarda-chuva. Ao menos vou poder ler no comboio...

Um sorriso do tamanho do mundo pára-me. Inquire-me. "Senhora, senhora!" (Ai... Eu cá não sou senhora!) "Quer este desenho?"

Seguro a menina de cabelo rosa, chapéu roxo e cão bem definido. Para mim? O sorriso acena que sim. Que bonito. Como te chamas, sorriso?



A Alexandra não sabe.

Mas ela hoje foi a melhor parte do meu dia.

10.3.08

Alice, és turva

"Compor do amor esgota as palavras, sempre os mesmos medos anfíbios, as mesmas recusas de côdea crua. O rosto dividido em vários semblantes, a mesma dor aguda picada sobre as úlceras. De lua contrafeita no vaivém de nuvens pardacentas, o berço da noite assenta sobre o orvalho como uma maquinaria de sonhos. Boa noite meu amor, encontro-te difusa na minha boca como uma úvula de campânula. Boa noite meu amor, ainda há um lugar incerto entre a aura do teu alento e os meus braços. Escrever pelo amor estanca nas palavras. O gelo da sanha, a mágoa segregada na bainha das feridas. Sobra o corpo encaixotado nas talas de madeira, a saudade mastigada sobre o pus da gangrena. De lua inerte no desvão negro das trevas, o cerrar da noite transparece no céu a quilómetros de distância. Boa noite meu amor, demoras-te no embargo calado da ternura, permanecem as flores lodosas do teu Inverno. Boa noite meu amor, que o amor não me permite desejar-to de coração livre. Boa noite meu amor.

Dizer-te o quanto desfaleço na tua ausência seria sentenciar-nos à
incoerência deste mesmo amor."
(in Férreos Transversais, Alice Turvo)

Alice nasceu num sábado de sol. Alice é Turvo, é Férreos Transversais, é palavras escutadas, é um hino ao amor. Mas para mim é mais que isso.

No entanto, estas palavras dela são hoje para ti.

A.'s shared items in Google Reader