30.4.07
28.4.07
O dia em que eu vi patinagem artística
Hoje, sem saber muito bem como, fui parar ao Campeonato da Europa de Show e Precisão de Patinagem Artística. Quer dizer, até sei porquê. Uma conjugação de falta de vontade de estudar com uma grande casualidade de estar à hora certa no local certo e com dinheiro no bolso. Além disso, sou muitas vezes movida pela ideia 'Quero ver de tudo, pelo menos, uma vez na vida (e principalmente com boa companhia *beijinho*)'. Por apenas 3 euros fui ver as provas de Precisão dos grupos séniores e juniores. E devo dizer que adorei. As coreografias feitas são belíssimas e há sempre lugares para surpresas (seja por meninas que tropeçam e caem, seja por claques espevitadas). Não sei quem ganhou mas eu espero que tenha sido uma equipa italiana com trajes à Heidi que se chamava Celebrity Skate, salvo erro. Além de ter sorrido muito e ter lançado muitos "aaaaah's", concluí também nesta tarde uma outra coisa: os Vangelis são pau para toda a obra. De todas as músicas saem coreografias. Giro.
E hoje estava a falar deste indivíduo. Aparentemente ele anima os Campeonatos do Mundo :x
Enjoy*
E hoje estava a falar deste indivíduo. Aparentemente ele anima os Campeonatos do Mundo :x
Enjoy*
Etiquetas: espectáculos, patinagem, youtube
27.4.07
Férias de Verão
- Acesso a 4 Festivais:
- Super Bock Super Rock: 28 de Junho, 3, 4 e 5 de Julho;
- Delta Tejo: 20, 21 e 22 de Julho;
- Sudoeste TMN: 2, 3, 4 e 5 de Agosto;
- Super Bock Surf Fest: 14 e 15 de Agosto;
- Viagens de Ida e Volta desde qualquer ponto do país até às estações que servem os Festivais em comboios Regionais e Intercidades;
- 1 Mochila da CP;
- Associação grátis por um ano da Associação Juvemedia;
- Assinatura grátis por um ano da revista BLITZ.
Uma mochila da CP já é minha! E tu, já tens a tua?
24.4.07
Ainda do Dia Mundial do Livro
'O amor não se manifesta através do desejo de fazer amor (desejo que se aplica a um número incontável de mulheres), mas através do desejo de partilhar o sono (desejo que só se sente por uma única mulher).'
A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera
21.4.07
[Faixa IV] Patrick Wolf . The Stars
Quinta-feira rumámos para Braga. As quatro entrámos no carro com expectativas altas. Tão altas que aquele camião quase não nos via.
Em todas as viagens tendo a aproximar-me de um dos meus alter-egos: o burrinho do Shrek. 'Já chegamos?', enquanto a música ritmada com ossos nos enfeitiçava. De olhos bem abertos, perdemos a saída e fomos ter a Barcelos. 20 minutos mais tarde chegávamos a Braga e estacionávamos o corcel azul perto de um Arco da baixa, lindíssima, da cidade.
Com poucos minutos para jantar, engolimos a comida e as vozes para apressar a corrida. Entramos no Theatro Circo a meio da Overture. E, não sei se pelos violinos, se pela beleza do teatro, sentei-me com a certeza que me esperavam momentos belos. Não me enganei.
O rapaz de 23 anos caminhava de calças de lycra tigradas e olhos fechados, embalado pelo violino que amparava sob o queixo. A seu lado um violino, um violancelo, uma bateria, um apple e um piano ainda vazio. Aquele rapaz alto enchia o palco de uma androgenia bélica (e bela) ao vencer com a sua música todos os receios que eu podia ter.
Adorei. Com a The Stars fiquei suspensa acima da cadeira e tive a certeza que pairei sobre o meu corpo. Na surpresa da Moonriver abracei a mão a meu lado e fechei os olhos com força. Sonhei.
No final, a Magic Position venceu. O luta bélica do violino deu a vitória às nossas pernas que se içaram dos lugares. Uma nova posição, em frente ao palco. 'Uma pequena rave intimista', como alguém dizia. Graças aos nossos ares dançantes, recebemos mais cinco músicas de encore. Tenho a certeza que ele vai voltar. Eu também vou voltar. Ao sair da sala olhei novamente para aquele candelabro enorme e sorri para ti.
No final, a Velha-a-Branca acolheu-nos. Trouxemos um sinal de trânsito e uma visão do veículo do Kit.
Agora, Patrick Wolf.
O rapaz de 23 anos caminhava de calças de lycra tigradas e olhos fechados, embalado pelo violino que amparava sob o queixo. A seu lado um violino, um violancelo, uma bateria, um apple e um piano ainda vazio. Aquele rapaz alto enchia o palco de uma androgenia bélica (e bela) ao vencer com a sua música todos os receios que eu podia ter.
Adorei. Com a The Stars fiquei suspensa acima da cadeira e tive a certeza que pairei sobre o meu corpo. Na surpresa da Moonriver abracei a mão a meu lado e fechei os olhos com força. Sonhei.
No final, a Magic Position venceu. O luta bélica do violino deu a vitória às nossas pernas que se içaram dos lugares. Uma nova posição, em frente ao palco. 'Uma pequena rave intimista', como alguém dizia. Graças aos nossos ares dançantes, recebemos mais cinco músicas de encore. Tenho a certeza que ele vai voltar. Eu também vou voltar. Ao sair da sala olhei novamente para aquele candelabro enorme e sorri para ti.
No final, a Velha-a-Branca acolheu-nos. Trouxemos um sinal de trânsito e uma visão do veículo do Kit.
Agora, Patrick Wolf.
7.4.07
[Faixa III] A Naifa . Todo o amor do mundo não foi suficiente
todo o amor do mundo não foi suficiente porque o amor não serve
[de nada. ficaram só
os papéis e a tristeza, ficou só a amargura e a cinza dos cigarros e
[da morte.
os domingos e as noites que passámos a fazer planos não foram
[suficientes e foram
demasiados porque hoje são como sangue no teu rosto, são como
[lágrimas.
sei que nos amámos muito e um dia, quando já não te encontrar em
[cada instante, em cada hora,
não irei negar isso. não irei negar nunca que te amei. nem mesmo
[quando estiver deitado,
nu, sobre os lençóis de outra e ela me obrigar a dizer que a amo
[antes de a foder.
[de nada. ficaram só
os papéis e a tristeza, ficou só a amargura e a cinza dos cigarros e
[da morte.
os domingos e as noites que passámos a fazer planos não foram
[suficientes e foram
demasiados porque hoje são como sangue no teu rosto, são como
[lágrimas.
sei que nos amámos muito e um dia, quando já não te encontrar em
[cada instante, em cada hora,
não irei negar isso. não irei negar nunca que te amei. nem mesmo
[quando estiver deitado,
nu, sobre os lençóis de outra e ela me obrigar a dizer que a amo
[antes de a foder.
José Luís Peixoto, A Criança em Ruínas
Saí do café com aquelas palavras na cabeça. 'todo o amor do mundo não foi suficiente.' Discordava e discordo. Para mim, todo o amor do mundo será suficiente para praticamente tudo. Mas aquelas palavras naquele livro envolviam-me, transportavam-me. Encaminhavam-me para casas desertas com chão velho e cheiro a mofo.
Entro no carro e ouço aquelas mesmas palavras cantadas. A Naifa fez-me parar o carro para pegar no livro que descansava no banco de trás.
E é isto que se ouve nesta música. Um poema de José Luís Peixoto, brilhantemente interpretado por uma das melhores bandas portuguesas dos últimos anos, na minha opinião. Noutro dia, enquanto esperava pelas notícias na TSF, ouvi um senhor bem ilustre de cujo nome já não me recordo (seria o maestro José Mário Branco?) que dizia que o fado era belo pela sua simplicidade e que não havia motivo para alterar a sua essência com outros tipos de sonoridades. Discordava e discordo. O fado é fado sempre. Mesmo com todo o tipo de arranjos, sentimos fado na voz, na guitarra, no ambiente. Aliás, esses arranjos até podem trazer público, modernizar, fazer a música evoluir. Daí que goste tanto d'A Naifa. Além da belíssima voz da menina Maria Antónia Mercedes, contam com o génio de Luís Varatojo e João Aguardela no baixo e na guitarra portuguesa, respectivamente, com letras incríveis e uma pós-produção fabulosa. Não diria que são o 'novo fado' porque isso não existe. Mas que são portugueses, ai isso são. E sabem o que fazem. Exemplarmente.
Entro no carro e ouço aquelas mesmas palavras cantadas. A Naifa fez-me parar o carro para pegar no livro que descansava no banco de trás.
E é isto que se ouve nesta música. Um poema de José Luís Peixoto, brilhantemente interpretado por uma das melhores bandas portuguesas dos últimos anos, na minha opinião. Noutro dia, enquanto esperava pelas notícias na TSF, ouvi um senhor bem ilustre de cujo nome já não me recordo (seria o maestro José Mário Branco?) que dizia que o fado era belo pela sua simplicidade e que não havia motivo para alterar a sua essência com outros tipos de sonoridades. Discordava e discordo. O fado é fado sempre. Mesmo com todo o tipo de arranjos, sentimos fado na voz, na guitarra, no ambiente. Aliás, esses arranjos até podem trazer público, modernizar, fazer a música evoluir. Daí que goste tanto d'A Naifa. Além da belíssima voz da menina Maria Antónia Mercedes, contam com o génio de Luís Varatojo e João Aguardela no baixo e na guitarra portuguesa, respectivamente, com letras incríveis e uma pós-produção fabulosa. Não diria que são o 'novo fado' porque isso não existe. Mas que são portugueses, ai isso são. E sabem o que fazem. Exemplarmente.
3.4.07
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