28.2.07

Sentimentos em cartas

Hoje, todo o dia, a mesma discussão: relações. O mesmo pensamento: Porquê?

Sei que não compreendo muita coisa. Não compreendo os círculos concêntricos que o impacto de uma pedra na água provoca. Não compreendo o facto de dar tanta importância à voz de cada pessoa. Também não compreendo a maioria dos seres humanos.

E nisto, eis que olho para ti e vejo-me. Sei que sou a pessoa com mais sorte do mundo por ter esta cumplicidade, esta entrega, este momento. Ter a certeza, a noção absoluta de que não te quero mal. De que tu não me queres mal. De que estou nua a teus olhos, pelas e perante as tuas palavras. Isso não me fere, não me enfraquece. De facto, é essa certeza que me torna forte, a par e passo.

Noutro dia falava de cartas. Cartas de amor, cartas à mão, com marcas de lágrimas e de romantismos falseados, com caligrafia desajeitada e um papel amarrotado. Sinto que as pessoas evoluíram como estas cartas. Tornaram-se electrónicas, fugazes, rápidas. Telegráficas, urbanas, realistas. Independentes, num só canal, numa só via, Maquiavéis de novos tempos.

Mas, afinal... não é o conteúdo que faz uma carta? E uma pessoa? E uma relação?

2 comentários:

Anônimo disse...

a conversa das cartas não foi comigo..

*triste*

Anônimo disse...

como diz a susana as pessoas sao Maquiabólicas:)

A.'s shared items in Google Reader